Blue Curaçau.
E ela acorda. E não sabe onde está. Meu Deus, que dor de cabeça é essa? Ela não se lembra de nada. E nem quer lembrar, só quer fazer parar aquela sensação estranha. Uma sensação de que algo quer sair de dentro dela. E corre pro banheiro. Vomita. Ah, então era isso. Senta em frente ao vaso e tenta se lembrar da noite passada, mesmo sabendo que pode não ser uma boa idéia. Sua cabeça está girando, mas ela tenta ignorar a dor, e volta tudo o que se lembra da noite anterior, como num filminho dos anos 90. Lembra dele, aah, disso ela lembra. E lembra dela também. Ah, quem ela pensa que é, pra ficar se insinuando pra ele daquele jeito? Ela não tem esse direito. Tá, ela tem esse direito, mas ela é ridícula. E ele finge que não percebe o quanto aquela outra o quer. Quer quase como ela o queria. E sua cabeça não para de girar. Volta ao quarto, deita por debaixo das cobertas, e torce para que pare logo de chover. Pra que ela tinha que beber tanto? Pra que? É sempre a mesma história. Ela o vê com outra, e a primeira palavra que vêm à sua cabeça no dia seguinte é Blue Curaçau. Mas dessa vez tinha sido diferente. Ela ficara para trás, quando suas amigas foram embora e ela se negara a ir junto. Quisera tomar mais e mais bebida, queria ficar até a festa acabar. E ele se ofereceu pra levá-la embora. É claro que ela negou, porque achou que ela ia junto, mas essa outrazinha já tinha ido embora. Então, não tendo como voltar pra casa, depois de muito choro, olhares estranhos e desconfiados, insistência por parte dos amigos, e vexames (ah! Os vexames!) acabou aceitando a carona. Ele puxava assunto, só pra garantir que ela não dormiria no caminho. Ela balbuciava respostas, que ela não se lembra de jeito nenhum quais foram. Ele perguntou por que ela tinha feito isso com ele. Porque ela tinha sido tão estúpida quando eles ainda namoravam. Quando eles ainda eram felizes juntos. Ela ficou envergonhada, e no momento que foi falar o que ela segurou por tanto tempo, fez o que já tinha feito hoje de manhã. Vomitou. No estofado do carro novo dele. Nossa, como eu sou tola! Como pude fazer isso? Sua cabeça volta a girar, ela não se sente bem. Levanta, e vai em direção à cozinha, na esperança de achar um remédio. Sua mãe já havia saído para trabalhar, então estava sozinha novamente. Junto à geladeira, um bilhete: “Filha, tome isso. Busca o seu irmão na escola hoje. Carinho, mãe ♥” Ela toma, e se senta com a mão na cabeça, tentando se lembrar o fim da sua tragédia do dia anterior. Ah, quando ele perguntou o porquê dela ter feito aquilo, e ela acidentalmente ter vomitado no seu carro novo, ela começara a chorar. Dizia as mais puras e sinceras palavras de amor, que saiam do fundo do seu ser. Palavras que não cabiam mais dentro de si, que precisavam sair de dentro dela, antes que a angústia a tomasse por completo. Dizia tudo aquilo que acreditava ser a história mais bonita de amor, o mais romântico dos contos de fadas. E que para ele eram somente palavras sem sentido de uma garotinha que acabara de vomitar no seu carro novo, que gritara com ele tudo o que ele nunca pudesse imaginar minutos antes de aceitar sua carona, que mal sabia beber, e coincidentemente, a menina que ele dizia sua, há exatos dois anos atrás. E então ela tinha dito o que queria dizer, e ele não tinha entendido nada. É. E ela jura que nunca mais bebe. Mas é claro que essa promessa será desfeita na próxima festa em que os dois estiverem. Os dois querendo conversar. Os dois se querendo de volta. Os dois com desejo de se amar. Mas que o orgulho dos dois não permite.
[fiz inspirado na música Blue Curaçau, da Darvin :) ]
5 Comentários:
eu tenho essa música, e foi você que me passou \0/
Hopi amanhã vai ser demais (yn)
bjão s2
darviiin *_*
ahuahau
eu aaamo essa muusika *-*'
e eu axando q o primero era grande dimais...!
lindo amiga...meiu nojento, mas legaus xD
hauaha bjosbye;**s2s2
by oincoinc ;*
^ oinc oinc *-*'
você realmente escreve muito bem *-*
( sim, eu odeio a fonte desda página de comentários _|_ euri x; )
te amo muito muito s2
e que voce tenha mais e mais criatividade de escrever e eu paciência de ler x;
milbjs.
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