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domingo, 28 de setembro de 2008

lembranças.

E ao rever tudo aquilo, chorou. Por mais que tentasse, por mais que relutasse contra, não conseguia conter as lágrimas, e elas vinham juntas, aos montes, quentes. Ao abrir aquela caixinha, reviveu momentos únicos. Momentos que ela espera guardar para sempre. Releu aqueles bilhetinhos escritos às escondidas, em que as partes mais secretas eram apagadas à corretivo. Aqueles bilhetinhos em que não estava escrito absolutamente nada, e aqueles outros em que ela gargalhava quando entendia o que estava escrito naquele papel minúsculo. Chorou ao ler aquelas cartas em que continham juras de amizade eterna. Aquelas fotos que lembravam coisas que ela já quase esquecera, a faziam sorrir. Aqueles papéis de bala, de presente, guardanapos, flyers. Aquele mini mini mini ovo de páscoa, a fez rir alto. Viu que ainda tinha guardada naquela caixinha roxa váaaarias entradas de cinema. E muitas, muitas lembranças. Não queria que nada daquilo acabasse. Não queria ter que dizer adeus a nada daquilo. Então chorou novamente. E guardou tudo aquilo com muito cuidado. Como se junto daquela caixa estivesse também um pedaço de si.
Ela sente a falta dele. Ela não sabe ao certo se isso é bom ou não. Ela queria que nada disso tivesse acontecido. Ela queria conseguir conter as lágrimas toda vez que escuta aquela música. Ela queria voltar no tempo. Outras vezes, queria que o tempo andasse mais depressa. Queria dizer tanta coisa. Queria não ter dito outras. Queria pedir desculpas, queria que ele se desculpasse. Queria não ter ido àquela festa idiota. Queria que ele parasse de sorrir pra ela daquele jeito. Queria gritar. Dizer que o ama. Queria e não queria ao mesmo tempo.

e agora ?

E de novo ela estava confusa. Como sempre, é claro. Mal tinha acordado, e a primeira coisa que ela pensou é que esse sentimento tinha que passar. E rápido, se fosse possível. Ela realmente não sabia o que dizer, não sabia o que pensar. Não sabia se chorava, ou gritava. Ela queria um conselho. Um conselho bom, que ela seguisse e sua vida voltasse ao normal. Mas como isso seria possível, se só havia uma pessoa que sabia o que ela estava sentindo, e essa pessoa não podia fazer nada a respeito? Ela não sabia o que era aquilo que estava sentindo. Ciúmes, saudade, amor, amizade, nostalgia? É, ela queria fugir por um (bom) tempo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

unsaid things.

Tem muitas coisas que eu quero escrever. Eu não sei, já comecei a fazer esse texto sete vezes ._. Todos os textos que eu comecei a escrever hoje eu não consegui terminar. Talvez hoje eu não esteja num dia muito bom pra escrever (meu signo disse que hoje não seria um dia muito produtivo). Ou talvez eu saiba o que quero escrever, sei sobre o que eu quero falar, mas me falta inspiração, coragem, sangue frio. Existem muitas coisas que eu quero te dizer, mas não sei como. Tem muitas coisas que eu tenho medo de dizer, e me arrepender no futuro. Existem muitas coisas que eu quero simplesmente escrever, sem um destinatário certo. Tem muita coisa entalada. Existem muitas idéias de texto prontas na minha cabeça, mas que não vem para a tela do computador, porque eu ainda não sei o final da história. Alguns dos textos que escrevo são verdadeiros, porém com algumas mudanças para ficar mais poético. Há também os que são totalmente fictícios, mas que me emocionam, e quando eu percebo, estou contendo as lágrimas por uma personagem que eu mesma criei. Eu tenho muitas idéias para posts. Muitas mesmo. Tudo que acontece, alguma frase que eu ouço, uma lágrima que escorre, algo que eu quero dizer, mas não digo, eu penso ‘daria um ótimo post’. Mas o fato é que não é tão simples assim. Não basta ter uma idéia, escrever de um jeito bonitinho e apertar publicar postagem. Acho que tem que ser verdadeiro. E não digo aqui verdadeiro algo que aconteceu na realidade, veja bem. Porque mesmo alguns dos meus textos sendo fictícios, ao escrever, derramo uma ou outra lágrima. Como essa lágrima escorreria se meu texto fosse falso? Mesmo quando meu texto é fictício, tem uma essência verdadeira, eu acho. Talvez não. O fato é que hoje, com tantas idéias, e sem nenhum final em mente, não escrevi nenhum texto bonitinho. Não escrevi nada parecido com o que eu tinha em mente. Não escrevi nenhum texto indireta. Não desabafei nada. Continuo na mesma, querendo escrever textos sem um final certo, mas com medo do efeito que possa causar. Ah, tantas coisas que eu quero escrever ‘-‘ É, as vezes eu faço jus ao nome do blog.

mudanças.

É. As coisas mudam. Às vezes pra melhor, às vezes pra pior. Às vezes demoram, e às vezes acontecem tão rapidamente que não dá nem tempo de enjoar. Não sei. Não sei realmente se gosto de mudanças. Também não sei se prefiro mudanças repentinas ou mudanças necessárias. Na realidade, eu acho que não importa o tipo de mudança, mas que tudo deixa saudade. Tudo tem o seu lado bom, certo? Então mesmo que na hora que você faça uma escolha, você ache que aquilo é o certo, mais pra frente você pode sentir nostalgia. Pode querer voltar atrás. Pode querer fazer tudo diferente. Mudanças são chatas, ainda mais aquelas que acontecem sem que queiramos. Mas em todo o caso, são necessárias, nos mostram que nem tudo é do jeito que a gente quer.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Do you remember how we started? Fairytale got twisted and decayed? The innocence has all been broken, how do we get this way? So good you got to abuse it. So fast that sometimes you lose it. It chews you up when you feed it. But everyone needs to eat. Corrupted, Mcfly.
Até que encostando a testa no vidro da janela – rua quieta, a tarde caindo, o mundo lá fora -, sentiu o rosto molhado. Chorou livremente, como se esta fosse a solução. As lágrimas corriam grossas, sem que ela contraísse um só músculo da face. Chorou tanto que não soube contar. Sentiu-se depois como se tivesse voltado às suas verdadeiras proporções, miúda, murcha, humilde. Serenamente vazia. Estava pronta. Clarice Lispector.

É o jogo da vida.

‘O seu maior erro é querer não errar – ela disse. Ele fez a maior cara de interrogação que ela já vira na vida e disse: ‘Aaanh? ‘É – ela repetiu. Você mais erra quando quer acertar. E o seu maior erro é esse. Você não quer que as coisas saiam do seu controle. Não quer que nada dê errado. Quer que tudo seja do seu jeito. Mas não é assim que as coisas funcionam. Ninguém quer sofrer, e isso é fato. Mas também não é tendo medo de fazer certas coisas que você se limita a ser sempre feliz. Veja bem, ninguém suportaria uma vida perfeita, uma vida sem derrotas. Aprender a vencer os obstáculos da vida é uma lição enorme, que fica pra sempre. Não é pensando somente em você que se vence. E muito menos pensando só na felicidade dos outros. A vida é um jogo difícil, no qual devemos respeitar todas as regras, e não devemos pular nenhuma casa. Devemos enfrentar tudo que vem pela frente, sem medo das casas que deixamos pra trás, tampouco das casas que virão. Não devemos ficar nos lamentando de algo que não deu certo. Se não deu é porque não tinha que dar. Cautela também é necessária, porque quando estivermos chegando ao fim, pode surgir uma carta de: Volte ao Início. Nem por isso, devemos desanimar. O esquema é seguir em frente, porque (pode demorar, ou ser muito rápido, talvez) uma hora chegamos ao grande prêmio do final. E aí poderemos aproveitar, sem nos preocupar com nada. Compreende? – ela perguntou meio em dúvida, pois havia se empolgado e falado demais. Acho que sim, ele respondeu.

domingo, 21 de setembro de 2008

I'll be ok.

Não importa qual seja seu sofrimento. Não importa quem te faz/fez sofrer. Você vai ficar bem. Tudo passa. Tudo. Nada dura pra sempre. Uma hora você percebe quanto tempo perdeu sofrendo. Mas não é porque tudo passa que é rápido. E também não significa que o meu tempo de sofrimento vai ser o mesmo que o seu, ou maior ou menor. O que muda é a forma com que enfrentamos os obstáculos. Existem pessoas que vêm que aquilo não vai dar certo, e partem pra outra. Existem pessoas que não desistem enquanto não conseguem o que querem. E existem aquelas pessoas que alimentam o sofrimento. Já viram várias e várias vezes que aquilo não é uma boa escolha, mas ao em vez de desistirem, tentam todas as formas possíveis para que aquilo dê certo. Existem as pessoas que não se conformam de jeito nenhum, e insistem em sofrer, pedem pra sofrer. Há também as pessoas que se iludem, criando falsas idéias. Mas todos sofrem. Quem ainda não sofreu sofrerá. E se você não sofrer, fará alguém sofrer. Quando isso acontecer, mesmo que seja difícil, tenha certeza que tudo passa. Que você vai ficar bem. Siga em frente, sem pensar no passado. Só olhe pra frente e procure a sua felicidade. Se não deu certo, é porque não tinha que dar. E se for pra dar certo, não se preocupe, dará. Não tente mudar por ninguém, isso (quase) nunca dá certo. E não é porque não deu certo uma vez que você tem que desistir do amor. Porque sabe, na realidade todos vão nos machucar. Só temos que escolher por quem vale a pena sofrer. [ when you're down, and lost; and you need a helping hand; when you're down and lost along the way; oh, just tell yourself : I'll be ok ♪ mcfly. ]

www.amovocê.final

Ela quer dizer pra ele que apesar dele ser um idiota, ela o ama. Que ele foi o único que a ajudou quando ela mais precisou. Que falou todas aquelas verdades frias e cruas não pra prejudicá-la, mas sim para abrir os olhos dela. Queria dizer que o que ela mais gosta nele, é o seu jeito de fazer tudo errado, mas com a intenção de acertar. Queria dizer que por vezes, ODEIA a sinceridade dele, mas depois percebe que ele estava certo. Queria dizer que sente falta daqueles dias de Uno a noite toda, e de bobeiras sem fim. Queria agradecer por tudo que ele já fez a ela, e por todos os conselhos. Queria poder pedir desculpa pelas altas mancadas que ela já deu. Queria também poder falar: ‘vai tomar no meio do seu cu’ quando ele está totalmente errado (tá, isso ela já fala ._.) . Queria que ele parasse de sofrer por coisas pequenas, assim como ela também sofre. Apesar de tudo que já aconteceu no passado, ela sabe que agora pode contar com ele pra tudo. Que agora, ele é o único que a entende completamente. Ele sabe dizer com exatidão o que ela quer dizer, mas tem medo de falar. Quer dizer obrigada, por tudo. Cada momento, cada palavra. Cada dia, cada risada. Agora ela sabe que tem um amigo, e que nesse momento, é o seu melhor amigo. E que tudo muda, e talvez daqui a uns anos eles se odeiem eternamente, mas que agora, ela conta com ele. [ você sabe que é pra você :) ]

sábado, 20 de setembro de 2008

O mundo gira.

É. Nada é pra sempre. Tudo o que tem um começo, termina. Ele percebeu isso. Tarde demais, talvez. Naquele elevador parado no 11º andar, ele relembrou tudo o que já tinham vivido juntos. Lembrou das cartas que ela fazia pra ele, das palavras que ela dizia. Dos telefonemas de madrugada perguntando onde ele estava. Das juras de amor eterno. Mas não, não foi assim. O amor deles, como tudo nessa vida, começou, e de repente, acabou. Não por parte dela. Quem terminara com tudo fora ele. Ele terminou pra poder curtir as férias solteiro. Mas acabou que a viagem furou, e ele foi atrás dela. Mas ela não o queria mais. Disse que estava bem melhor sem ele. Que já tinha encontrado um outro alguém. Alguém que a fazia feliz. Naquele 11º andar, ele chorou. Era a primeira vez que chorava por uma menina. O seu choro mais sincero, um choro arrependido. Já fazia dois anos que ela namorava um outro cara. Mas na semana passada, ele ouvira dizer que eles tinham terminado. E ele se viu novamente naquele elevador, tentado pensar no que ele iria dizer. Pegou-se pensando exatamente as mesmas coisas que ele queria dizer a dois anos atrás. Imaginando o que ele faria pra tentar a ter de volta pra si. Será que ela diria novamente que não o quer mais? Que não vai voltar, e que já o esqueceu há muito tempo? Ele realmente não sabia. A única coisa que ele sabia, é que ele a amava. Amava todas as coisas nela. Amava o jeito dela de sorrir. E sabia também, que quando a via, suas pernas tremiam, sua voz sumia, seu ar se perdia. Sabia também, que não queria as menininhas que o ligavam todos os dias o chamando pra sair. Não fazia sentido nenhum. Ele não via motivo para aquilo. É. Tudo muda. O mundo gira, e você sente aquilo que um dia fez alguém sentir. Respirou fundo, e abriu a porta do elevador. Ajeitou as flores, e beijou o cartão. Apertou a campainha e esperou. [é, cara esperto :) eu tenho um texto parecido com esse, que eu fiz a muito tempo atrás. Mas não postei ele, fiz outro. Esse, no caso ]

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Recomeçar.

Era um dia estranho. Estava frio mas o sol aparecia. Aquela brisa gelada não refrescava, mas causava arrepios. Ela ouvia os pássaros, mas não podia ver de onde vinha aquele canto. Ela estava deitada na sua cama, ouvindo a sua playlist favorita. Ela sentia algo diferente, mas não sabia direito o que. Algo novo. Algo ainda sem nome. Fazia tempo que ela se sentia diferente. Mas achou que fosse a situação, que com o tempo ela voltaria ao normal e aquela sensação fosse embora com a mesma rapidez com que chegou. Mas não. Já fazia tempo, e ela ainda não sabia o que era. Ela se sentia mais feliz. Realmente feliz. De verdade. E não, não estava apaixonada. Não pensava em ninguém quando deitava a noite pra dormir. Não deseja nenhum “ele” para si. Lembrou de como tinha sido sua semana. Chorou de tanto rir, tirou fotos maravilhosas, pulou de medo de uma lagartixa de brinquedo, fez uma página na internet e adotou um ovo. Ela não chorou por nenhum “ele”. Não sofreu por nenhum “ele”. Não se perguntou onde ele estava, ou com quem estava. E descobriu que gostou daquilo. Gostou de deixar de viver para alguém para viver para si. Gostou de a sua única preocupação ser a lição de matemática, e de não se perguntar se ele ainda a amava. Agora sabia o nome do que estava sentindo. Amadurecimento. Idéias novas. O que fazia sentido antes já não importa mais, e o que era opção virou indispensável. Decidiu que a partir dali, não entregaria seus sonhos a ninguém. Deixaria de ser a garotinha boba e ingênua de antes. Até porque, não dá mais. Ela cresceu.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

pontodeinterrogação.txt

E como ela pode dizer que não sente mais o que sentia no começo? Que agora ela sabe que o que ela sente certamente não é só amizade? Como dizer que o que ela sente, ela nunca sentiu antes por ninguém, e que é tão grande e profundo que às vezes ela chora de medo? Como explicar que naqueles mínimos momentos em que passaram juntos, ela tinha uma vontade incrível e enorme de agarrá-lo? Como dizer que ela o quer, mas que tem medo de perdê-lo? Como falar tudo aquilo que está entalado na sua garganta há muito tempo, talvez até o mesmo tempo que eles se conhecem? Como dizer que ela preferia não ter dito o que disse, e que tudo continuasse do jeito que estava antes, mesmo não sendo o suficiente pra ela? Que só de o ver, ela já fica sem ar, suas pernas tremem, suas mãos suam, e ela perde a fala? Como dizer que sempre que ouve aquela música ela chora? Como conter as lágrimas ao pensar nele? Como não desejar com toda a força do seu ser que ele a ame? Como dizer que não, ela não queria sentir isso? Como dizer que quando se dá conta, ela está relembrando daquela conversa? Aquele abraço inocente que ele deu. Aquele sorriso sincero que ele sempre dá. Aquelas lágrimas que um dia ela o viu derramar. Ela deve acreditar em tudo que um dia ele disse a ela? Deve reler aquele histórico novamente, pra não desistir de conquistá-lo? Ou deve seguir adiante e deixar assim como está? Ela deve dizer que ela daria tudo pra que ele sentisse ao menos metade do que ela sente? Daria tudo pra que ele a queira agora quase tanto quanto ela o quer? Que o que ela mais deseja é que ele diga todos os dias que ela é a razão da sua existência, e que sem ela, ele não é nada? Ah, claro, ela não sabe o que fazer. [feito sob medida para Daniela Felix ♥ ]

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Blue Curaçau.

E ela acorda. E não sabe onde está. Meu Deus, que dor de cabeça é essa? Ela não se lembra de nada. E nem quer lembrar, só quer fazer parar aquela sensação estranha. Uma sensação de que algo quer sair de dentro dela. E corre pro banheiro. Vomita. Ah, então era isso. Senta em frente ao vaso e tenta se lembrar da noite passada, mesmo sabendo que pode não ser uma boa idéia. Sua cabeça está girando, mas ela tenta ignorar a dor, e volta tudo o que se lembra da noite anterior, como num filminho dos anos 90. Lembra dele, aah, disso ela lembra. E lembra dela também. Ah, quem ela pensa que é, pra ficar se insinuando pra ele daquele jeito? Ela não tem esse direito. Tá, ela tem esse direito, mas ela é ridícula. E ele finge que não percebe o quanto aquela outra o quer. Quer quase como ela o queria. E sua cabeça não para de girar. Volta ao quarto, deita por debaixo das cobertas, e torce para que pare logo de chover. Pra que ela tinha que beber tanto? Pra que? É sempre a mesma história. Ela o vê com outra, e a primeira palavra que vêm à sua cabeça no dia seguinte é Blue Curaçau. Mas dessa vez tinha sido diferente. Ela ficara para trás, quando suas amigas foram embora e ela se negara a ir junto. Quisera tomar mais e mais bebida, queria ficar até a festa acabar. E ele se ofereceu pra levá-la embora. É claro que ela negou, porque achou que ela ia junto, mas essa outrazinha já tinha ido embora. Então, não tendo como voltar pra casa, depois de muito choro, olhares estranhos e desconfiados, insistência por parte dos amigos, e vexames (ah! Os vexames!) acabou aceitando a carona. Ele puxava assunto, só pra garantir que ela não dormiria no caminho. Ela balbuciava respostas, que ela não se lembra de jeito nenhum quais foram. Ele perguntou por que ela tinha feito isso com ele. Porque ela tinha sido tão estúpida quando eles ainda namoravam. Quando eles ainda eram felizes juntos. Ela ficou envergonhada, e no momento que foi falar o que ela segurou por tanto tempo, fez o que já tinha feito hoje de manhã. Vomitou. No estofado do carro novo dele. Nossa, como eu sou tola! Como pude fazer isso? Sua cabeça volta a girar, ela não se sente bem. Levanta, e vai em direção à cozinha, na esperança de achar um remédio. Sua mãe já havia saído para trabalhar, então estava sozinha novamente. Junto à geladeira, um bilhete: “Filha, tome isso. Busca o seu irmão na escola hoje. Carinho, mãe ♥” Ela toma, e se senta com a mão na cabeça, tentando se lembrar o fim da sua tragédia do dia anterior. Ah, quando ele perguntou o porquê dela ter feito aquilo, e ela acidentalmente ter vomitado no seu carro novo, ela começara a chorar. Dizia as mais puras e sinceras palavras de amor, que saiam do fundo do seu ser. Palavras que não cabiam mais dentro de si, que precisavam sair de dentro dela, antes que a angústia a tomasse por completo. Dizia tudo aquilo que acreditava ser a história mais bonita de amor, o mais romântico dos contos de fadas. E que para ele eram somente palavras sem sentido de uma garotinha que acabara de vomitar no seu carro novo, que gritara com ele tudo o que ele nunca pudesse imaginar minutos antes de aceitar sua carona, que mal sabia beber, e coincidentemente, a menina que ele dizia sua, há exatos dois anos atrás. E então ela tinha dito o que queria dizer, e ele não tinha entendido nada. É. E ela jura que nunca mais bebe. Mas é claro que essa promessa será desfeita na próxima festa em que os dois estiverem. Os dois querendo conversar. Os dois se querendo de volta. Os dois com desejo de se amar. Mas que o orgulho dos dois não permite. [fiz inspirado na música Blue Curaçau, da Darvin :) ]

terça-feira, 16 de setembro de 2008

É.

"Um blog. Pra que você quer um blog ? Você não tem nada de interessante pra falar, desculpa." É, eu sei. E eu também não sei porque eu decidi fazer um. E também não sei o porque desse nome. Na verdade, não era esse o nome que eu queria, era um outro que eu não vou falar porque eu posso querer usar ele no futuro. Ou não. Enfim, unsaid things é o nome e é isso aí. E não, eu não escrevo bem. Não, eu não quero isso pro meu futuro (escrever, eu quero dizer) (talvez eu queira, não sei). E se você quer saber porque eu fiz essa budeguinha aqui, fique sabendo que nem eu mesma sei. Talvez eu desabafe aqui. Talvez eu escreva notícias aqui.Talvez escreva bobagens. Talvez eu faça você pensar. Talvez eu não tenha paciência pra isso aqui e desista semana que vem. Eu realmente não sei.Não sei de quanto em quanto tempo vou postar.Eu ia fazer um acordo comigo mesma, sobre a frequência de atualizar aqui. Mas eu não consigo ok. Não consigo escrever com a obrigação na cabeça.E isso pode parecer ridículo e estranho, mas é quando eu tô mal que me vêm os melhores textos. Não querendo dizer que quando eu estou bem meus textos são ruins ou piores. E nem dizendo também que meus textos são bons, na verdade. Mas é que quando você está mal, você precisa arrumar um jeito de ficar bem, certo ? Ou você gosta de sofrer ? ._. Algumas pessoas comem, outras dançam, algumas vêem tv,algumas gritam com meio mundo, e sei lá o que o resto das pessoas fazem para ficarem felizes. O fato é que eu ouço música e/ou escrevo. E é nesses momentos que os meus textos são os mais sinceros, e por vezes, os mais bonitos.Enfim. Tchau :*